A prefeitura de Balneário Camboriú assinou nesta quarta-feira (13) com a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e o Instuto Geral de Perícias (IGP) um acordo de cooperação técnica para integrar forças de segurança. O modelo é inédito no Estado, e prevê otimização de recursos, compartilhamento de estratégias e informações, e colaboração para melhorar os índices de segurança pública.
O plano tem ações de curto, médio e longo prazo, que incluem desde a unificação das centrais de atendimento de emergência, da Guarda Municipal e da Polícia Militar, até a ampliação e compartilhamento do monitoramento por câmeras. As primeiras medidas a serem tomadas serão cursos integrados de capacitação e aperfeiçoamento, e um calendário de operações conjuntas.
Outras ações começam a ser implementadas no mês que vem, quando a Polícia Militar assinará convênio que amplia a atuação na fiscalização de bares, com poder de interdição imediata. A PM também passará a atuar na fiscalização de áreas invadidas – o que deve aumentar o rigor no controle a ocupações, especialmente com a chegada do helicóptero Águia 7. A aeronave, comprada por meio de acordo ambiental, tem como um dos objetivos atuar nessas situações.
Mais segura do Brasil
São ao todo 16 metas, a serem alcançadas ao longo de um ano. O objetivo final é melhorar os índices de Balneário Camboriú em rankings de segurança nacionais. O prefeito Fabrício Oliveira (PSB) diz que as ações são palpáveis e é possível colocar a cidade no topo da lista, como a mais segura do país.
Nesta primeira fase, os investimentos são de R$ 10 milhões. A verba será usada em novas tecnologias, como a transmissão de dados e novas câmeras, e também em cursos de capacitação.
União de forças
O secretário municipal de Segurança, David Queiroz, diz que a integração de forças converge com o modelo de gestão compartilhada da Secretaria de Segurança Pública do Estado. O trabalho em conjunto já era uma meta do secretário quando atuou como delegado Regional em Balneário Camboriú, mas a ideia esbarrou em limitações legais.
A cidade tem um histórico de relações institucionais conturbadas entre as polícias Civil e Militar, e a Guarda Municipal. Apaziguá-las foi uma das metas do atual secretário, que conhece de perto as corporações. Segundo ele, o caminho para uma melhor convivência começará com as capacitações conjuntas.
Um dos principais ganhos deverá ser o compartilhamento de dados e a unificação dos protocolos de atendimento. Hoje, as corporações pouco dividem as informações, o que prejudica as estatísticas.